sábado, 26 de novembro de 2011

Todos queremos o amor.



                                                      We all want someone there to hold                                                             We just want somebody                                                 We all wanna be somebody's one and only                                                     We all wanna be warm when it's cold                                                  No one wants to be left scared and lonely.                                                                            We all want love - Rihanna

É realmente estranho como quase nunca consigo escrever sobre outro assunto que não seja amor. Mais estranho ainda é o fato de que a maioria das vezes minhas histórias de amor são tristes. Cheias de lágrimas, arrependimentos, decepções e saudade.

Minha criatividade pende exatamente para o lado obscuro desse sentimento, para o lado que todos nós gostaríamos que não existisse, o lado ruim que nos impede de sonhar por muito tempo e de ser felizes por muito tempo.

Talvez eu mesma tenha sido as minhas personagens muitas vezes. Talvez as lágrimas delas tenham sido as minhas lágrimas de outrora. Talvez por isso eu não consiga imaginar um amor feliz. Justamente porque eu não sei o que é um amor feliz.

É bem provável que meu cérebro esperto tenha desenvolvido um mecanismo de defasa, fazendo com que eu ache que todo e qualquer amor não vai acabar bem, mais cedo ou mais tarde. Minha substância cinzenta quer me afastar do sofrimento, fazendo de tudo para que eu fuja desse bruxo das trevas tão perigoso.

Eu entendo a posição do meu cérebro. Mas não concordo. Porque eu era bem mais alegre quando ele me deixava acreditar na existência de um amor feliz pra mim nesse mundo.

Porque algum tempo atrás, eu era outra Lívia, uma sonhadora que poderia passar horas escrevendo cartas de amor que nunca seriam entregues. Apenas escrevia pela alegria de ver palavras bonitas no papel. As minhas palavras bonitas.

Hoje tenho que ser “forte”, dizer que não acredito em sonhos, dizer que sou feliz sem amar, e que não preciso de alguém ao meu lado para dividir comigo as minhas tristezas e alegrias. Tenho que dizer que não preciso de carinho. Tenho que escrever palavras tristes. Apenas palavras tristes.

Realmente espero que a outra Lívia ainda viva em algum lugar dentro de mim. Espero que ela volte, e volte rápido. Porque todos nós queremos alguém para abraçar, queremos ser únicos e exclusivos de alguém, queremos nos sentir quentes nos dias frios. Todos nós queremos o amor. E se eu não quero o amor, então eu não sei mais quem eu sou.

Lívia C.B.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Cause you make me feel,

                                               Like I'm not a girl from this world.

Não se assuste se me encontrar estática com os olhos arregalados, olhando para o nada. Sem piscar. Quando olho para o nada mergulho em mim mesma e esqueço tudo a minha volta.

O nada onde fixo meus olhos é como um grande telão branco de cinema, perfeito para a projeção dos milhares de “filmes-memórias” que existem em minha mente. Analiso cada cena para descobrir algum detalhe que deixei passar.

Faço isso constantemente, mais até do que seria saudável para uma pessoa normal. O problema é que eu não sou uma pessoa normal.

Pessoas normais não têm uma sala Cinemark 3D em suas cabeças, e nem narradores inoportunos e irritantes que insistem em narrar tudo e todos a sua volta, 24 horas por dia.

Pessoas normais não têm uma trilha sonora pronta em seus ouvidos, uma musica certinha pra cada sentimento, ou pra cada pessoa especial.

Na maior parte do tempo sou assim, uma pessoa nada normal. No entanto, raras vezes, me transformo em um ser de outro planeta. Estranhamente nesses momentos você sempre está por perto, interferindo em toda minha (des)organização mental.

Então eu não sei mais o que é música, o que é filme, o que é nada, o que sou eu, onde estou. Acredite se quiser: O meu narrador intruso irritante perde a voz. Ele não sabe o que dizer. Eu não sei o que dizer. De repente tudo vira silêncio, não penso em nada. Não entendo o que você diz, não me concentro na realidade em nem na fantasia. É desesperador!

Quando volto à vida, ou você está de costas indo sabe-se lá pra onde, ou eu virei as costas indo sabe-se lá pra onde também. Devagarzinho o narrador volta das profundezas e diz:

Mais uma vez ela não soube o que fazer, mais uma vez ela não soube o que dizer. Até quando ela será tão boba para deixar sua vida passar diante dos seus olhos? Descubra em breve, nos cinemas.

E os violinos começam a tocar, os filmes começam a se projetar em velocidade acelerada nos telões em branco. Mais uma vez estou olhando fixamente para o nada. Eu não deveria sorrir, mas estou sorrindo justamente por ser a boba que sou.



Lívia C.B.
Para Pauta Livre #05, blorkutando. Segundo texto escolhido como destaque aqui! :)

sábado, 5 de novembro de 2011

SCCC - Análise Sintomatológica


A SCCC (Síndrome do Ciúme Crônico Congênito) atinge 99,99% da população mundial. Essa síndrome se apresenta em diversos graus de intensidade, e os graus mais intensos apresentam grave risco de vida.

Diversos estímulos externos podem desencadear uma crise na SCCC. Por exemplo: Olhares aleatórios, proximidades excessivas, sorrisos suspeitos, passados condenadores e fotos comprometedoras.

A crise começa com um mal estar na região do mediastino. Tal como uma corrente elétrica esse mal estar espelha-se por todo corpo em milésimos de segundo, causado reações fisiológicas adversas como arrepios, calafrios e vermelhidão.

Em seguida há um notável desequilíbrio do Sistema Nervoso Central, caracterizado por um superestimulo das vias simpáticas, ou seja, descargas gigantescas de Adrenalina. Esse hormônio inibe Ego e Superego, tornando o rebelde Id “controlador” das ações verbais e motoras do indivíduo.

Em crises agudas pode haver taquicardia, desmaios, dispnéia, cefaléia, dormência nas extremidades e tremores intensos. Não raro há ainda um incontrolável instinto assassino (daí o risco de vida citado a cima).

A SCCC é carente de pesquisas em todos os aspectos. Muito pouco se sabe sobre o tratamento desta síndrome, bem como sobre seu prognóstico a longo prazo.

Em meus pioneiros estudos tenho obtido bons resultados na administração de altas doses de Sorvete de Creme Kibon; chocolate amargo, meio amargo, ao leite, sonho de valsa e ouro branco; além de Capuccino Nescafé. No entanto, ao que parece, as altas concentrações de lipídeos desses fármacos provocam efeitos colatarais de altíssima gravidade, tais como: Acne, tecido adiposo localizado, estrias epidérmicas e celulite.

Conclui-se que a SCCC é uma epidemia mundial nem sempre silenciosa, e definitivamente destruidora de lares e de corações. Uma agonia extrema tanto para quem convive com a síndrome, quanto para quem convive com quem convive com a síndrome.

A humanidade pede socorro e clama por uma solução a este mal. Eu também!

Lívia C.B. – uma ciumenta incurável.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Persistir, sempre.


Mesmo a beira da loucura. Mesmo quando o cansaço parece ser forte de mais para ser vencido. Mesmo quando a cabeça lateja, os olhos ardem, e o cérebro não pede outra coisa a não ser uma boa noite de sono.

Persistir depois de uma decepção, de um esforço não recompensado, mesmo quando tudo parece não ter solução.

A medicina me ensinou muitas coisas em quase um ano. Ela me ensinou principalmente a nunca desistir.

Aprendi a pensar sempre (ou quase sempre) no lado positivo das coisas, assim eu tenho onde me apoiar. O otimismo trás esperança e força.

Aprendi a admirar ainda mais a perfeição da vida. É fascinante estudar cada pedacinho do corpo, e ver como tudo funciona em conjunto sem nenhuma falha. E mais fascinante ainda é saber que daqui algum tempo estarei “consertando” algumas falhas que eventualmente podem acontecer.

Aprendi a superar os meus limites físicos e psicológicos em prol não de mim mesma, mas dos pacientes que passarão pelas minhas mãos e que necessitarão de todo o meu empenho. Eles merecerão a minha dedicação de hoje, de amanhã e de sempre.

Aprendi que não basta apenas viver. É preciso viver persistindo, sempre.

Por que ao persistir estamos nos tornando pessoas melhores. Estamos ensaiando para as batalhas que virão. Estamos fazendo uma pequenina diferença nesse mundo.

Pode não ser muita coisa, mas é o nosso melhor.

Lívia C.B.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

I'm staring at the mess I made.

                                   As you turn, you take your heart and walk away.

Muitas vezes o silêncio pode ser um bom companheiro. Ele nos faz refletir, e perceber com clareza a realidade das coisas. No silêncio podemos conversar com nós mesmos, descobrir quem somos, o que queremos, o que sentimos.

O silêncio pode ser ótimo. Mas ele também pode mostrar o quanto a solidão é doída, especialmente quando recheada de culpa e arrependimento.

Esse silêncio incômodo me rodeia nesse momento. Tudo parou, o tempo congelou. Sinto como se o mundo inteiro apontasse para mim, sorrindo da minha ingenuidade, zombando da minha imaturidade e criticando as minhas equivocadas decisões.

Até o vento decidiu fazer birra. As folhas das arvores não se mechem, o sol se esconde por entre as nuvens. As nuvens não deixam se quer um pedacinho de céu azul pra eu admirar. Nem os passarinhos aparecem pra cantar.

Em contrapartida, dentro de mim tudo grita. Meu coração grita pra ter você de novo meu lado. Minha mente grita tudo o que eu errei, grita alto, muito alto.

Eu deveria ter tido coragem, deveria ter enfrentado meus medos ao invés de ter virado as costas e fugido sem olhar pra trás. Deveria ter olhado nos seus olhos, e dito o quanto você é importante pra mim e o quanto você me fez feliz. Deveria ter reconhecido o meu amor e não tê-lo escondido de mim mesma. Tentei me proteger, acabei aqui, nesse silêncio.

Daria tudo para que você quebrasse esse silêncio e me dissesse que tudo esta bem. E dói saber que você não virá. Dói saber que perdi tudo o que eu mais amava, antes mesmo de perceber que eu amava.

Assim, posso imaginar seu perfume, colorindo o vento parado. Posso imaginar o seu sorriso, iluminando sol escondido, posso imaginar a sua voz, dizendo palavras carinhosas. Por fim, posso imaginar o seu beijo, me fazendo esquecer por um minuto essa dolorida solidão.

Posso imaginar, mas não posso sair da realidade. Porque o silêncio me obriga a contemplar as besteiras que eu fiz, e a lembrar repetidamente dos seus olhos entristecidos e do seu semblante decepcionado ao ouvir a minha covarde despedida.

Só queria que, de alguma forma, você soubesse que eu te amo. Mesmo que eu não tenha coragem de dizer. Mesmo que eu seja imatura e fraca.

Sei que não terei forças para vencer esse silêncio, descer desse telhado e lutar pela nossa felicidade. Mas se nós não podemos ser felizes, então que pelo menos você seja feliz. Porque a sua felicidade é a minha felicidade, e sempre será assim.



Lívia C.B. 
Para Projeto Bloinques, 88ª Edição Visual.
2º lugar!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sobre amizade


Como diz a canção que alguém na América ouviu, “amigo é coisa pra se guardar, de baixo de sete chaves, dentro do coração.”

E devemos não só guardá-los no coração, mas entender o quanto eles são importantes, o quanto eles fazem falta e o quanto devemos valorizá-los, onde quer que eles estejam.

Uma vez me disseram que os amigos são os irmãos que escolhemos com a alma. Eu vou além, digo que os amigos são aqueles presentes que o Papai do Céu põem em nossas vidas para nos alegrar e apoiar.

Meu maior medo sempre foi que a distância afastasse esses presentes preciosos de mim. Houve uma época de despedidas em que eu faria tudo para que o tempo parasse e eu pudesse ficar ao lado deles eternamente.

Os dias passaram, e aprendi que o sentimento é muito mais forte que qualquer milhar de quilômetros. E por outro lado, a vida me mostrou que apesar da distância ser inofensiva, existem outras coisas que podem sim ser bastante ameaçadoras para uma amizade.

Se nos descuidarmos, podemos deixar grandes amigos apenas guardadinhos no coração, estejam eles perto ou longe de nós.

A rotina maluca pode nos impedir de dizer o quanto nós os amamos. Ou de perguntar se estão contentes, se precisam de alguém para ouvi-los, se precisam de um ombro pra chorar ou se têm alguma grande novidade pra contar.

A correria pode nos fazer esquecer de perguntar do que eles gostam, do que eles tem medo, o que os entristece, o que os faz sorrir.

O cansaço pode nos fazer desistir de ligar, de mandar uma mensagem ou até de digitar um e-mail se quer.

Isso não quer dizer absolutamente que nós não nos importamos. Isso só quer dizer que somos bobos o bastante para deixar escapar aquilo que nos faz mais feliz.

Eu sou boba e não estou sendo a amiga companheira que eu deveria ser, principalmente para aqueles que estão longe.

Mesmo assim, quero que eles saibam que sinto muita saudade, todos os dias. E que a todo momento eu me lembro de algo que me faz querer voltar no tempo pra ter eles de novo ao meu lado.

E para todos, estejam perto ou longe, quero que saibam que estarei sempre aqui para quando precisarem, e até para quando não precisarem.

When you're down and troubled
And you need a helping hand
And nothing, nothing is going right

Close your eyes and think of me
And soon I will be there
To brighten up even your darkest night

You just call out my name
And you know wherever I am
I'll come running to see you again

Winter, spring, summer or fall
All you've got to do is call
And I'll be there, yeah, yeah, yeah.
You've got a friend.

Lívia C.B.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tenho medo

http://www.flickr.com/photos/enyouart
Tenho medo de não tomar as decisões corretas e de não conseguir ser quem eu quero ser um dia. Tenho medo de que uma frase minha seja interpretada da forma errada. Tenho medo de sofrer, e consequentemente, tenho medo de amar.

Tenho medo de confundir meus sentimentos, medo de dizer o que eu sinto, medo de não dizer o que eu sinto e medo de nunca dizer o que eu sinto. Tenho medo do que pode acontecer, tenho medo do que pode não acontecer.

Tenho medo de ser inconveniente e medo de parecer ser o que eu não sou. Medo de ser ingênua e medo de falar pra muita gente. Tenho medo de mim mesma, e das coisas que eu ainda vou descobrir sobre mim. Tenho medo de ser enganada e tenho medo de ser ignorada.

Tenho medo de todos os NÃOS que virão em minha vida, e tenho medo de alguns SIMS também. Tenho medo de, pouco a pouco, parar de fazer as coisas que eu gosto, por falta de tempo, ou por falta de ânimo. Tenho muito medo de esquecer de ser eu, pra viver apenas a vida dessa estudante desesperada que só pensa em artérias, fígados, baços e tudo que existe na barriga da gente.

Tenho medo de ter errado sem perceber, e de ter afastado sem querer pessoas que eu amo. Tenho medo de me perder nesse caminho que resolvi seguir.

Mas principalmente, tenho medo de não conseguir mais escrever para o Pulo de Pipoca, medo de perder a minha imaginação, medo de ver esse meu cantinho abandonado. E quanto mais eu olho para o blog sem novas ideias, sem novas postagens, tristinho assim, mais angustiada eu fico. Por que a Lívia que eu conheço nunca ficaria sem inspiração por tanto tempo.

O que fazer quando o medo paralisa e entristece?

Lívia C.B.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Dois capuccinos, por favor.

http://www.flickr.com/photos/enyouart/
Era mais uma manhã fria de domingo em Paris. Como de costume, acordei perdida em meio a uma tonelada de edredons e uma pontinha de mau humor matinal rondava o meu ser. Típico.

Também como de costume, virei para o lado e olhei você dormindo tranquilamente. Seus lábios entreabertos lhe davam um charme irresistível. É raro alguém ser bonito até quando dorme. Foi o que eu pensei , deixando de lado aquele mau humor indesejável. Nada iria estragar o meu dia. O nosso dia.

Levantei-me, escovei os dentes, pensei na possibilidade de tomar um banho, mas logo desisti da idéia, dois graus negativos não é uma temperatura razoável para despir-se, definitivamente. Quando voltei para o quarto você já estava elegantemente trajado em um sobretudo preto e procurava por todos os cantos as suas luvas de lã.

Perguntei o que era aquilo, afinal o nosso domingo não era assim. Quer dizer, a tradição era você fazer o nosso café da manhã. Torradas, queijo, bolachinhas e chocolate quente. Depois de saborearmos o banquete, filmes nos esperariam para preencher todo o dia com histórias fascinantes. A tradição não era eu ser deixada sozinha (e com fome).

Você disse que aquele domingo seria diferente. Nós faríamos uma caminhada e depois tomaríamos o nosso chocolate no Café de Flore. Certo. Caminhar. No frio. Com fome. Péssima idéia. Claro que eu não disse isso, mas pensei. O mau humor começava a rondar-me novamente.

Caminhamos de mãos dadas. Você estava lá pertinho de mim, mas era como se estivesse looonge, muito longe. Em qualquer lugar em que houvesse uma placa escrito: Proíbida a entrada da namorada enxerida. Eu respeitei o seu espaço, apenas mantive-me avulsa àquela situação. Se fosse importante o que te preocupava, você iria me contar, mesmo que levasse algum tempo. Porque você sabia que eu te amava, e eu achava que você me amava, pelo menos até aquele momento.

Longos minutos de silencio se passaram, até chegarmos ao Café de Flore. Maravilha, chocolate quente passando pela minha garganta era tudo que eu precisava. Talvez um croissant depois, ou algo com morangos e chantilly. Perfeito.

Dois capuccinos, por favor.
Ouvi a sua voz ecoando pelo recinto. Dois capuccinos, por favor. Nada estava certo. Aquilo não era um bom sinal. Você sabia que a presença de cafeína no meu organismo é permitida apenas em momentos altamente estressantes, tipo numa terceira guerra mundial, tipo num terremoto ameaçando minha vida.

Mal sabia eu: O que estava por vir era bem pior que qualquer uma das alternativas anteriores.

Você desviou o olhar para o lado e se desculpou. Aqueles seus olhos fixos que tanto me encantavam agora estavam inquietos, e me irritavam. Desculpas por quê? Foi aí que você olhou fixamente para a garçonete que acabára de chegar, da mesma forma encantadora com que você me olhava... quando dizia que me amava.

Aquele olhar para a moça foi um detalhe de segundos que não me escapou. Sempre fui observadora, e sempre prezei por essa qualidade. Uma observação de instantes transforma totalmente o modo de entender as coisas.

Você ia dizer que nossa relação estava desgastada, que nosso amor não era mais o mesmo, e que precisava de um tempo. Paciência, eu iria levantar, pedir um chocolate quente duplo e sair segurando as lágrimas. Isso se eu não tivesse visto aquele olhar.

Depois de entender tudo, eu não poderia deixar que você mentisse. Apenas terminei a nossa relação eu mesma, e pedi que você se retirasse da minha frente. Te olhei indo embora enquanto a moça servia os capuccinos e me cumprimentava alegremente.

Você não ia me contar que tinha outra mulher. Você não ia me contar que a outra mulher era a garçonete do Café de Flore. Você não ia me contar porque você sabia que a garçonete do Café de Flore não é uma simples mulher. A garçonete do Café de Flore é minha irmã.

Tomei os dois capuccinos em segundos, sem segurar as lágrimas, sem responder ao que a minha irmã me perguntava, sem prestar atenção ao que acontecia em minha volta. Porque dentro de mim um terremoto destruía meu coração, deixava-o em pedaçinhos.

Empurrei a cadeira, enxuguei o rosto e o que eu vi, a imagem dos capuccinos vazios, atormentou o meu sono por muito tempo. Dois copos separados, um em cada canto de uma mesma mesa. Um casal separado, os dois dormindo em uma mesma cama. A minha cama. Irmãs separadas por um mesmo, e cafajeste, amor.

Lívia C.B.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Uma lição para nunca esquecer.


Em um dia perdido no meio das férias, eu estava lendo uma revista e lembro que uma frase me chamou atenção, era mais ou menos assim:

“É preciso encontrar uma maneira de dar mais vida aos nossos anos, ao invés de apenas acrescentar anos e mais anos em nossas vidas.”

Pensei nessas palavras por vários dias. Pensei nas formas com que eu fazia meus anos valerem a pena, pensem nas pessoas que faziam a minha vida mais interessante, pensei no que eu deixava escapar e no que eu apenas acrescentava sem necessidade alguma.

Acho que eu pensei de mais até.

No fim eu cheguei a conclusão de que eu deveria valorizar mais algumas coisas, e esquecer completamente outras coisas.

Porque muitas vezes focamos a nossa atenção exatamente naquilo que não deveria ser o mais importante. Superestimamos pessoas que não merecem se quer a nossa estima, que dirá uma super estima. Sofremos por detalhes passageiros, supérfluos. Fantasiamos a vida, pelo simples medo de encarar a realidade.

E assim os anos passam, e as lembranças ficam. Algumas são boas, outras nem tanto. Algumas são insossas, sem sal, sem doce. Há ainda aquelas que deveriam ser boas, mas que martelam todos os dias na nossa mente, em um tormento eterno (essas são as piores).

Enfim, acho que a vida é feita de fases. Não estou falando de infância, adolescência, velhice, não. Estou falando de fases curtas. Fases em que se está radiante por algum motivo, fases em que se está triste por outro motivo, fases em que tudo parece possível, e outras em que o mundo parece pesar nas costas.

Resolvi que acrescentarei vida aos meus anos independente das fases por quais eu passar. Independentemente da minha vontade de sorrir, eu sempre estarei sorrindo. Quem sabe o sorriso torne tudo mais fácil. Quem sabe ele ajude a afastar as preocupações e os medos. Tomara que sim!

Lívia C.B.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O amor em bolhas de sabão


http://www.flickr.com/photos/enyouart/

Nas minhas fantasias infantis elas eram simplesmente mágicas. De longe, transparentes, de perto, um arco Iris. Eram grandes ou pequenas, rápidas ou beeem lentas. Algumas flutuavam por longos minutos, outras desapareciam em segundos. Elas me impressionavam de verdade.

Ainda hoje gosto de observá-las serem levadas pelo vento, ignorando a lei da gravidade, ignorando a realidade a sua volta. Ignorando, principalmente, os meus olhos fascinados a acompanhá-las, com a mesma curiosidade da menininha que eu costumava ser.

Se prestarmos atenção, veremos que o amor não é muito diferente de uma bolha de sabão. Ele é uma mistura de inúmeros sentimentos, como a bolhinha é uma mistura de inúmeras cores. Tem diversas formas e tamanhos. Algumas vezes dura muito, outras vezes nem tanto.

O amor ignora os princípios da física, ignora a realidade, ignora os olhos de quem o sente.

Flutua por aí, pronto para atingir alguém ao acaso. E quando atinge, trás uma agradável surpresa, faz sorrir e mostra um mundo inteiramente novo, como quando éramos crianças e as bolhinhas transformavam nosso dia em fantasia. Mas, infelizmente, o amor não é uma bolhinha de sabão.

Bolhas de sabão não machucam, não provocam sofrimento. Elas não tiram o nosso sono e não nos atormentam com sonhos inquietos. Não nos deixam ansiosos, confusos ou angustiados. Elas apenas nos oferecem alguns instantes de contemplação, e somem sem deixar cicatrizes ou mágoas.

O amor deveria ser exatamente como uma bolha de sabão. Apenas mágico. Fascinante por sua simplicidade. Sem complicações, sem inseguranças. Seguiria seu caminho, confiando na sabedoria do tempo, como a bolha de sabão confia na direção do vento.

Sim, o amor tem as suas falhas. Falhas bem grandes, quase imperdoáveis.

Porém, mesmo com os seus defeitos, ele fascina os olhos ingênuos de uma criança debruçada sobre um conto de fada. E fascina, da mesma forma, a todos aqueles que anseiam não um amor de histórias infantis, mas um amor que, apesar das dificuldades, torne a vida colorida como uma bolha de sabão.

Porque a realidade pode não ser mágica, mas ela pode ser fascinante se educarmos os nossos olhos para enxergá-la assim.

Lívia C.B.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Os tipos de homem


Homem “Bendito é o fruto”

Ele vive rodeado de mulheres. Mulheres por todos os cantos, em todos os momentos e em todos os lugares. De alguma forma ele inspira confiança nelas, e na maioria das vezes é um grande amigo. Mas não se engane! Deixe uma brecha e ele tirará uma casquinha meeesmo!

Homem ”Por que?”

Ele não é nenhum ícone de beleza, não é inteligente, não é interessante, mas consegue ficar com todas! É como se ele tivesse um imã que atrai o sexo oposto, inexplicavelmente. A convivência com este homem sempre deixa uma pergunta no ar: Ó céus, por que???

Homem “Tiro livre”

Ele atira para todos os lados. Costuma ser o rei dos apelidos carinhosos, meu benzinho pra cá, minha linda pra lá, meu amor, minha princesa, etc, etc, etc. Tudo isso seria muito romântico SE ele não tratasse qualquer ser vivo que use saias dessa forma.

Homem “Garanhão coração de pedra”

Ele é um dos piores. Parece um príncipe antes, parece um sonho durante e é um cafajeste depois. Consegue o que quer, descarta o “resto” e depois vai se gabar no churrasco com os amigos. Detalhe, quanto mais mensagens a moça manda perguntando por que ele sumiu, mais satisfeito ele fica.

Homem “Esperança é a ultima que morre”

Ele não desiste de jeito nenhum. Quanto mais a menina corre dele mais ele corre atrás. É impressionante, mesmo depois de ouvir com todas as letras: “Eu não te quero, some da minha vida!” ele continua persistindo.

Homem “Metido a sabichão”

A sua arma de conquista são os, digamos, dotes intelectuais. Mesmo que ele não saiba nada, ele vai fingir que sabe e garota vai sorrir amarelo fingindo que acredita, ou vai sorrir amarelo por não entender bulhufas do que ele disse.

Homem “Pé de valsa”

Ele é perigoso. Convida pra dançar, vai chegando devagarzinho naquele forró maroto, como quem não quer nada, aí já viu né? Sem maiores explicações.

Homem “Namorofóbico”

Ele tem verdadeiro pavor de assumir um relacionamento sério. Pode até gostar da menina da verdade, pode ficar por meses seguidos com ela, mas se ela falar em namoro... Ele pula fora no mesmo instante.

Homem “Solteirofóbico”

O oposto do “Namorofóbico” diz “eu te amo” depois de um beijo e pede em namoro depois de um beijo e meio. Uma semana depois ele já comprou as alianças, um mês depois ele já se sente um verdadeiro marido.

Homem “Icógnita”

Esse é o mais perigoso, com certeza. Porque dele nunca se sabe o que esperar. Ele tem um pouco de algumas das categorias anteriores, mas não se encaixa totalmente em nunhuma delas. Ele não é previsível, não segue uma linha lógica, é um mistério! Ele pode facilmente deixar um mulher maluca. Muito, muito cuidado com ele.

Moral de história: É impossível classificar o ser humano, ponto. Entretanto, pessoas entediadas nas férias podem fazer uma tentativa brincalhona, apenas para passar o tempo.

Assim sendo, qualquer semelhança é mera coincidência, que fique claro!

Lívia C.B.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Change the voices in your head,


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                                          Make them like you instead.

Nunca estamos satisfeitos conosco, isso é um fato. A insatisfação se dirige as mais diferentes características, a maioria tem relação com a aparência: cabelo, peso, nariz, aaai meu deus, espinhas!

É natural preocupar-se com a nossa imagem, afinal, não há como negar, uma boa imagem facilita a vida.

Eu poderia fazer um post maravilhoso inspirado naquela frase que diz que a beleza interior é a que importa, mas isso seria uma utopia da minha parte. O mundo em que vivemos não é nenhum jardim dos sonhos. Isso aqui é selvageria pura, é sim.

Então, não é só natural preocupar-se com a imagem, como é necessário. O problema é quando a preocupação se torna obsessão, impede qualquer pontinha de felicidade, afasta amizades, adoece.

Não sou nenhuma especialista em comportamento humano, nem vi psicologia na faculdade ainda. Mas sei, dos meus conhecimentos empíricos, que muitas doenças psicológicas podem decorrer dessa insatisfação com a própria aparência.

Quem nunca ouviu falar de depressão, anorexia, bulemia, compulsões, transtorno de ansiedade, síndrome do pânico?

Eu não vou dizer que as virtudes são o bastante para o mundo, porque não são. Mas elas são o bastante para sermos felizes conosco, e se somos felizes conosco, o mundo parecerá mais compreensivo e as doenças psicológicas estarão um passo mais longe de nós.

Quanto as críticas, elas estarão em todos os lugares e de todas as formas. Por todos os cantos encontraremos aqueles que querem nos diminuir e entristecer. E essa é hora de exercer a arte milenária da indiferença. Apenas ignore.

É impossível ser perfeito. Nós não tivemos nossos genes selecionados, nós não escolhemos o ambiente em que fomos criados, não podemos reformular a nossa vida para que ela seja exatamente como queremos, e isso é bom.

É bom porque perfeição não tem a mínima graça. Imagine, não ter sonhos, ou metas, ou vontade de conseguir ser algo que ainda não somos. Viver realmente não teria sentido nenhum.

Valorize aqueles que vêem perfeição na sua imperfeição, valorize aqueles que te admiram, e te amam, independente do seu cabelo bagunçado, e nariz engraçado. E acima de tudo, valorize a si mesmo e ressalte seu pontos fortes! Apenas deixe de lado os defeitos.

Porque somos perfeitos sendo exatamente imperfeitos. E aí está a beleza da vida!

Lívia C.B.

Obs.: Esse post enooorme é fruto do meu tempo livre longe da civilização, e quanto tempo livre! Agora estou de volta, até logo! :*

sexta-feira, 1 de julho de 2011

In a diferent way,

Geente, comecei a mudar a carinha do Pulo de Pipoca, ainda há muuuita coisa a fazer e estou indo para um lugar onde internet não existe! Pode uma coisa dessas?

Vai demorar um pouquinho, mas vou conseguir deixar ele exatamente como eu quero. Aguardem!

Beijos,

Lívia C.B.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ser ou não ser,


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                                                      Eis a questão.

Longe de mim analisar o que Shakespeare quis dizer com a sua célebre frase. Até Sigmund Freud tentou descobrir e não conseguiu! Quem sou eu não é?

O fato é que Hamlet não sabia que lado seguir. Se ele escolhesse o “ser” uma série de consequências estariam á frente, assim como também haveriam consequências se ele escolhesse o “não ser”.

Longe dos floreios da literatura, a vida real é exatamente assim. Constantemente somos impelidos a tomar decisões que influenciarão diretamente no nosso futuro, e nem sempre estamos preparados para decidir. Aliás, eu diria que quase nunca estamos convictos de uma decisão.

Uma certa pessoa me disse que não existe um destino traçado para cada um, que nós fazemos o nosso destino através das nossas escolhas. E que as escolhas devem ser feitas com todo o cuidado, porque elas representam os parágrafos que formam a história das nossas vidas.

Eu não sei se acredito ou não em destino. Mas de uma coisa eu tenho certeza, nós temos a maior parcela de responsabilidade sobre o que o futuro nos reserva. Somos uma espécie de autores escrevendo uma história que as vezes foge do nosso controle, mas que depende totalmente de nós para ser bem sucedida.

E assim, continuamos andando rumo a encruzilhadas, ultrapassando os obstáculos no caminho que escolhemos, e continuamos tendo que escolher novos caminhos a percorrer.

Escolher continuar ou mudar, escolher persistir ou esquecer, escolher acreditar ou desconfiar, escolher viver ou assistir a vida acontecer.

A vida é assim, uma sucessão de escolhas.

Que sejamos sempre fortes para afastar as escolhas erradas, que tenhamos bastante discernimento para enxergar o caminho certo e o errado. Que o bom senso nos ajude a tomar as atitudes corretas, e que possamos ser muito felizes, independente dos nossos erros e acertos.

Lívia C.B.

domingo, 12 de junho de 2011

Acho digno.


Este foi mais um 12 de Junho, o dia oficial das flores, chocolates e coisas carinhosas. Ano passado também escrevi sobre O dia dos Pombinhos, leiam! Eu ri muito relembrando.

Nem se eu me esforçar conseguirei escrever algo parecido, até porque hoje sou uma pessoa muito mais reflexiva que engraçada. E o que refletir no dia dos namorados se não sobre os relacionamentos amorosos?

Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece. De fato, ele é o mais confuso de todos, somos pré-adolescentes inundados de LH, FHS, testosterona, progesterona e estrógeno. A inexperiência faz com que realidade e fantasia se confundam, e que tudo seja levado na mais alta euforia.

Então o tempo passa, e os amores tornam-se mais "constantes" por assim dizer. Alguns duram uma semana, outros um dia, outros nem isso. Há pessoas que continuam nessa onda por bastante tempo, há pessoas que não se encaixam nessa realidade, que gostam mesmo é de se apaixonar perdidamente.

E para os que se apaixonam de verdade, tudo se complica ainda mais. Porque grandes amores são difíceis na mesma medida que maravilhosos. Trazem muitas alegrias, e trazem também responsabilidades e algumas dorzinhas de cabeça.

Relacionar-se até com a família é difícil, que dirá com alguém que possui outras experiências, outras idéias, outra história de vida, amigos diferentes, gostos diferentes. É necessário ser mestre em jogo de cintura para conseguir levar um namoro com tranqüilidade.

Por isso, aqui vai a minha sincera admiração a vocês pombinhos homenageados neste dia. Que vocês tenham sempre paciência, compreensão, que vocês tenham a criatividade para driblar a rotina e acima de tudo, que vocês tenham muitas alegrias e carinho de sobra!

Acho digno o dia 12 de Junho ainda ser tão importante, quando a idéia do descompromisso é a que impera. Acho digno que o romantismo ainda seja incentivado, mesmo que em um dia só do ano (e mesmo que as lojas lucrem com isso). Acho digno que as pessoas ainda sonhem, se apaixonem e acreditem no amor. Eu acredito!

Feliz Dia dos Namorados!

Até mais, pipocos.

Lívia C.B.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Não sei.


http://www.flickr.com/photos/enyouart/

Sabe quando falta algo pra tudo fazer sentido?

É quando, ao olhar para o nada, os olhos enchem d’água, sem motivo. A vontade é de se enfiar debaixo das cobertas e hibernar como um urso no inverno.

Ir para um lugar onde não existem preocupações, fugir de si mesmo e de tudo ao entorno. Gritar, silenciar, correr, ir bem devagar, observar o mundo de longe, como que para por os pensamentos em ordem, sem interrupções. Fazer tudo, e não fazer nada.

É desejar a presença de alguém que traga consolo, palavras de conforto, abraços apertados. E, ao mesmo tempo, querer ficar sozinho nessa confusão de sentimentos, nessa confusão de pensamentos, nessa bagunça infinita.

É sentir-se o mais pequenino e frágil dos seres, é duvidar dos sonhos, das certezas, é temer o futuro e querer mudar o passado.

Nessas horas, questionamos a nossa capacidade, o nosso discernimento, questionamos as nossas ações, com a mais severa das autocríticas.

Eu não sei o que eu quero. Não sei o que espero. Meu repertório de filosofias pessoais esgotou, a minha criatividade sublimou, a minha dignidade está por um fio, e a minha alegria me deixou.

Será que isso é comum em meio às loucuras de final de período, ou eu estou mesmo ficando maluca??

Lívia C.B.

PS.: Bem exagerado esse texto, a situação não está tão crítica assim, ainda... :)

domingo, 29 de maio de 2011

Quando não se sabe,


                                          Faça de tudo, mas não tente adivinhar.

Essa é uma filosofia que eu venho desenvolvendo com o tempo. Por exemplo, se eu não sei uma questão na prova, eu marco C. "C" de Certo, de Correto. Eu não tento adivinhar, não faço mamãe mandou eu comprar café, nem nada disso. E, por incrível que pareça, essa tática deu certo várias vezes!

Saindo um pouco do aspecto provas – o que me estressa um bocado -, vamos falar da vida. Não raro passamos por situações em que a realidade não é clara, situações em que a verdade fica implícita. É como um poema tentando nos fazer encontrar algum sentido no subjetivo. O subjetivo pode ter milhões de significados, e é por isso que eu não gosto de poemas, ou da maioria deles.

Então, volta e meia a vida nos trás um poeminha bem real para ser decifrado. Um enigma digno de Sherlock Holmes, daqueles que ficam martelando nas nossas mentes: Será que é isso? Será que é aquilo? Mas e se não for? Mas se for, o que eu faço? AAH! Que desespero!

E é aí que entra a minha filosofia: Quando não se sabe, faça de tudo, mas não tente adivinhar. Porque quando tentamos adivinhar, sempre pendemos para o lado que mais nos agrada. Nosso cérebro não é nada imparcial quando se trata de analisar a nós mesmos e o que pode nos afetar de alguma forma.

A saída é procurar os fatos, as pistas, selecionar as peças e tentar ao máximo ser objetivo ao montar o quebra-cabeça. Sem adivinhações. E se sobrarem muitos espaços em branco, aí é segurar a ansiedade até que tudo se encaixe.

Não haja por impulso, não acredite em algum tipo de vidência sobrenatural. A não ser que você seja um tipo de Nostradamus, porque aí é outro nível!

O que eu quero dizer é, desconfie das suas suposições quando a vida lhe oferece uma uma situação enigmática, confie no que pode ser comprovado, apenas. Assim, uma decepção pode ser evitada. E se tem uma coisa dispensável nessa vida, essa coisa se chama decepção.

Obs.: Gente, eu adoro a Sibila viu, acho ela muito massa, a imagem é meramente ilustrativa. (:

Beijos,
e boa sorte com os seus enigmas! :P

Lívia C.B.

Recado: Se você lê o pulodepipoca, então clique em seguir ali do ladinho, ok? 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

He made it rain for her!

Já parou pra pensar nas formas estranhas que as pessoas encontram para declarar um amor?

Basta olhar para um muro e lá está um Fulano (coração) Ciclana em letras pichadas. Também existem as faixas que contribuem para a poluição visual das nossas ruas: Beltrana, você é o amor da minha vida, a luz na escuridão, a flor no deserto, a água que mata a minha sede e o fogo que esquenta a minha alma. – Destaque para os clichês que recheiam de certo humor essas “amorosidades”.

Há ainda apaixonados que fazem outdoors, escrevem cartas para serem lidas na Rádio, pulam de pára-quedas, riscam portas de banheiro, e nem preciso citar o maiores reservatórios de declarações do universo: as redes sociais. As pessoas insistem em digitar depoimentos gigantescos, como que para dizer: Ei, estou marcando território, procura outro que este é MEU.

Não me entendam mal, por favor, eu sou uma pessoa romântica. Porém sou adepta de demonstrações sinceras de carinho, mesmo que sejam singelas. Não há nada melhor que um “Eu te amo” sussurrado no ouvido e o buquê de rosas pode até ser substituído por um florzinha de um jardim qualquer, se vier acompanhada de muitos beijos. ;)

Então, outro dia, eu assistia o ultimo episódio da primeira temporada de How I Met Your Mother, e o meu lado romântico ficou todo derretido quando Ted Mosby literalmente fez chover (com direito a dança da chuva e tudo), para conquistar a sua amada. Isso sem mencionar o trombone azul que ele roubou, a orquestra que ele contratou, enfim, todas essas loucuras mais fofas do mundo.

Depois de refletir, cheguei a algumas conclusões:

Os verdadeiros amores são aqueles que transformam as maiores maluquices nas coisas mais simples do mundo e vice versa.

Os verdadeiros amores são aqueles que nos fazem sorrir, sem preocupações, sem lógicas, onde quer que seja, faça chuva ou faça sol.

Os verdadeiros amores são aqueles que não precisam ser declarados, somente existem, e assim fazem tudo parecer mais bonito e mais leve.

E nessa onda romântica, me despeço desejando a todos vocês muitos sorrisos e muitos amores.

Beijos,
Lívia C.B. 

terça-feira, 10 de maio de 2011

A perseguidora

Olá pipocos,

Faz algum tempo que eu não posto, ando meio sem inspiração. Até porque eu parei de ler livros legais, tudo que eu leio tem a ver com ossos, músculos, sistemas, células e bebês em desenvolvimento.

Não que isso não seja legal, mas veja só, eu não posso chegar aqui dizendo: Olá pipoquinhos da minha vida, sabiam que na verdade o cotovelo de vocês se chama Olecrano?

Fico indignada com essa situação.

...

Então, indo para o verdadeiro assunto do post... Hoje eu estava com a Luiza Mariana na faculdade, esperando a carona para voltar aos nossos lares, quando chega a perseguidora.

Sabe aquele tipo de doidinha que vende bom bons gritando pelos corredores: - Eii! Você! Quer bom bom? Tem de maracujá, cupu, manga, mangaba, piqui, Chu Chu, mandioca e os sabores mais exóticos que você imaginar! Então, essa doidinha existe, conhece a mãe da Luiza e nos persegue fervorosamente.

Epísódio de Hoje:

_ HAHA, achei vocês suas safadinhas! Tem bom bom de coco, cupu, etc, etc. Vão querer de quê? Vão querer de quê? De quê?

_ Não tia... A gente já gastou o dinheiro na cantina.

_ Ah não acredito! Como pode? Não, então vocês tem que ir lá em casa, eu to vendendo livro! Vocês gostam de ler que eu sei! Vocês vão lá, vocês vão lá! Ou vai dizer que vocês não tem dinheiro pra comprar livro?

_ Ta bom tia, a gente vai.

_ Ah, Luiza, quase esqueci! Fala pra sua mãe que eu abri um seeex shoop!

_ Quê? (incrédulas)

_ Seeeeeexy Shooop! Tem uma bolinha que esquenta e sopra, pronto entrega! (aos berros) Fala pra sua mãe ir lá, fala pra ela ir lá! Ela vai adorar!

Luiza olha pra mim, eu olho pra Luiza, olhamos as duas para a figura doidinha se afastando de nós, e caímos na gargalhada.

Pergunta que não quer calar: O que é uma bolinha que esquenta e sopra??

Acho que prefiro nem descobrir!

Beijos pipocos,
Até :*

terça-feira, 26 de abril de 2011

Fear is only in our minds,

http://www.flickr.com/photos/enyouart/

                                                Taking over all the time.

Os nossos parentes pré-históricos precisavam temer. Eles viviam em um mundo cheio de perigos, feras ferozes, precipícios, tempestades devastadoras e toda sorte de intempéries.

Já dizia Darwin, o ambiente seleciona os mais aptos. E o ambiente selecionou os medrosos. Aqueles que ao invés de enfrentar as feras, corriam delas. Os que evitavam as alturas, as águas profundas, os que se protegiam melhor nos dias de chuva. E os que guardavam mais comida, claro.

Isso, pra nós, representa um DNA repleto de genes que nos incitam a viver atentos, cuidadosos e receosos. Mesmo que hoje não existam mais feras ferozes e todas aquelas desventuras de um mundo primitivo. Mesmo que nosso vizinho não vá aparecer querendo jogar uma pedra gigante em nossas cabeças – eu espero que não!

Assim, passamos a canalizar esses medos a coisas que não deveriam nos amedrontar. Que criança nunca teve medo de escuro, de fantasma, de monstro debaixo da cama? Que jovem nunca teve medo do futuro?

Temos medo de novos amores, de mudanças, de lugares desconhecidos e pessoas desconhecidas. De comidas exóticas, de caminhos diferentes. Medo de sair da rotina, da programação. Medo de mudar de idéia, de sonhos, de metas.

A verdade é que, especialmente quando se trata de sentimentos e expectativas, fugimos de qualquer coisa que possa nos tirar desse mundo psicológico seguro, sem grandes surpresas.

É como se fossemos hominídeos amedrontados vivendo escondidos em uma caverna que está em nossas próprias mentes.

Então, depois de termos sido selecionados como os mais aptos para a vida nessa Terra, é chegada a hora descobrir quais são os mais aptos para vencer os medos intrínsecos a todo cérebro humano.

E os que conseguirem essa proeza, esses sim serão os donos do mundo futuro.

Missão impossível?

Talvez. Mas prefiro isso a enfrentar feras ferozes, e como prefiro!

Lívia C.B.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Happy Birthday Pulodepipoca!


Mesmo que você não seja o mais famoso de todos os blogs, você é muito, muito importante pra mim. É meu cantinho pipoquento, onde eu escrevo o que sinto, penso e onde posto algumas histórias malucas.

Parabéns, parabéns, pipoquinhas pulantes! Que vocês continuem pulando por muito tempo!

E pra vocês pipocos da minha vida, muito obrigada pelo carinho com este humilde blog. Ele agradece e espera vê-los por aqui sempre! 

É big, é big, é hora, é hora, ra tim bum! Soooopra! Faz pedido! Com quem será, com quem será que o pulodepipoca vai casar? ;)

Beijos queridos,
até mais!

Lívia C.B.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Darlin

                              

Você está se escondendo mais uma vez, posso ver a tristeza em seus olhos. Sabe de uma coisa? Seus olhos brilham muito mais quando você está feliz. O seu sorriso... É o sorriso mais lindo desse mundo.

Já me senti assim, como se estivesse sozinha. Sei que dói descobrir que não podemos confiar em todos que nos rodeiam, mas você pode confiar em mim. Eu não vou deixar você cair. Vou secar as suas lágrimas, te mostrar que você pode esquecer tudo isso.

Por favor, querido, eu sei que é difícil, sei que é um fardo ter o mundo em suas costas. Mas siga em frente, levante a cabeça!

Tente não olhar para trás, não desista, encare o amanhã, porque ele não vai ser como ontem. Eu não vou deixar que seja.

Você vai ficar bem. Comece com um daqueles sorrisos que tanto me encantam, um daqueles que contagiam todos a sua volta. Comece apenas sorrindo.

Eu quero que você seja muito, muito, muito feliz.

                                                         Essa musica não sai da minha cabeça de jeito nenhum! (:



quinta-feira, 31 de março de 2011

Lembrança fantasma, fantasia real

http://www.flickr.com/photos/enyouart/

Eu devia estar estudando, porém uma angústia inexplicável impede qualquer tipo de concentração em meu cérebro.

Vejo fantasmas. São lembranças. Momentos que se foram, e que tento com todas as forças ter de volta, viver de novo, cada segundo.

Talvez eu esteja errada em me prender tanto ao passado. Mas o passado é tão próximo! Faz parte de mim, me faz quem eu sou. Por mais que eu tente deixá-lo trancado em uma gavetinha, ele sempre escapa. Não consigo controlar.

E quando isso acontece, é como se cada célula do meu corpo gritasse por palavras, por sons, por perfumes, sensações, sorrisos, alegrias, beijos e abraços.

Como se elas gritassem pela presença daqueles que estão longe, pelo dia-dia que não existe mais, pelas palhaçadas que agora só existem na memória.

Eu devia estar estudando, é verdade. Mas as letrinhas se embaralham quando meu coração está inquieto. As frases se confundem. As imagens não fazem sentido. Tudo que eu quero é que as lembranças fiquem bem guardadas na gaveta, e que não me atrapalhem mais, por favor.

E assim, me embrulho para que as cobertas me consolem em seu abraço aconchegante. Olho para o celular a espera de uma mensagem que amenize a minha saudade. Esqueço completamente a prova de amanhã, fecho os olhos, e sonho. Porque nos sonhos não existem lembranças fantasmas, existem apenas fantasias reais.

Lívia C.B. - vai ter uma ótima prova, com certeza.

domingo, 27 de março de 2011

“O amor é como uma criança: deseja tudo o que vê.”

- William Shakespeare, o autor do maior amor proibido de todos os tempos .


Romeo era dos Montéquio, Julieta dos Capuleto. Inimigos de sangue, amantes de corpo e alma. A história do nosso amigo William é antiga, termina em tragédia e é recheada de melodrama, mas representa muito bem essa “tendência” humana de entrar no caminho mais difícil.

Há algum tempo atrás, quando os casamentos tinham que ser arranjados, amores impossíveis eram tão comuns quanto carrinhos de pipoca na praça.

Tanto era assim que os pais evitavam por as filhas na escola, pelo simples fato de que se elas aprendessem a ler e escrever, saberiam mandar bilhetinhos apaixonados e marcar encontros secretos. – veja que mentalidade!

Hoje os amores proibidos já não acontecem tanto por causa da família, apesar de que ainda existem pais e mães com um pé nos séculos passados. Na verdade, penso que se duas pessoas se amam, nada pode proibir esse relacionamento.

Talvez uma distância, uma separação inevitável, uma diferença de idade, de maturidade, ou até pré-conceitos possam ser obstáculos na convivência entre um casal, porém esses não são motivos para dizer: - Meu amor é impossível.

Acredito que os únicos amores probidos são aqueles não correspondidos. Isso porque vivemos em tempos em que tolerância e a compreensão são incentivadas, tanto nos relacionamentos familiares e amorosos, quanto nos sociais em geral. Além disso, tecnologias de comunicação estão a disposição de qualquer um que precise.

Obstáculos sempre existiram, sempre existirão, pelo simples fato de que não escolhemos quem amar.

O sentimento decide ao acaso, e nós que arquemos com as conseqüências! Não é fácil, mas não devemos desistir de lutar por um amor que pode dar certo - repito – que pode dar certo.

Enfim, se o amor deseja tudo que vê, então que veja muito bem, com visão de raio X de preferência. Para que os amores impossíveis sejam evitados, e para que os obstáculos possam ser vencidos da melhor forma. Porque além das dificuldades, a felicidade é o que importa.

Lívia C.B.
Para Projeto Bloínques, 53ª Edição Opinativa. 1º lugar!

sábado, 12 de março de 2011

Aconteceu comigo

“Cheguei atrasada em um mundo paralelo estranho, me desentendi com ele.”

Esse é o primeiro episódio da série: Lívia e suas desavenças com o Planeta Twitter.

Senta que la vem a história.

Era uma tarde cinzenta e chuvosa. Eu estava pipoqueando pela net, um pouco entediada, admito. Quando de repente vi um comentário no post Even a thousand miles, Fernanda informava que havia achado um link do Pulo de Pipoca no twitter, e que tinha adorado o blog (aliás, valeu fê!).

Uma luz tomou todo o ambiente. Aquela tarde cinzenta não era mais vazia e sem graça. Um personagem havia novamente entrado na minha vida, nem vilão, nem moçinho, mas muito, muito intrigante. Seu nome: Twitter. Seu enigma: Como ele poderia saber do Pulo de Pipoca se a Pipoqueira aqui nunca se deu bem com ele?

Sim, foram águas passadas que marcaram minha vida. Eu já fui @Líviahd, algo como Lívia High Definition. Não me pergunte a razão desse nome, foi a Luiza Mariana que inventou. Enfim, essas águas passadas me afogaram completamente.

Entrei em um site do nipe “ganhe followers, grátis, fácil, sem estresse, uhul!” Realmente, em um mês eu tinha mais de mil seguidores E 92312413434313244 seguidos. Imagine o tipo de tweet que aparecia pra eu ler!

Traumatizei-me completamente.

Deletei o Twitter da minha vida. Por muito tempo fui feliz sem ele. Até o glorioso dia da tarde cinzenta, quando uma luz tomou conta do ambiente. Interpretei o sinal. É hora de enfrentar esse planeta paralelo estranho e intrigante.

Por isso pipocos, sigam @pulodepipoca. O twitter oficial da Lívia C.B. e deste humilde blog. :P Ajudem um ser forasteiro e perdido á se adaptar em uma terra desconhecida – ou quase desconhecida!

terça-feira, 8 de março de 2011

Noiva em fuga



Querido chu chu,

Eu sei que você está todo de smoking, gravata borboleta, sapato lustrado e ansiedade a mil, afinal, é dia do nosso casamento tão esperado e planejado! Entretanto amor, o sorriso do seu rosto corre perigo com esta carta.

Você sempre foi pra mim um porto seguro, um ombro amigo, alguém em quem confiar em todo e qualquer momento. Te amo e te amei com o amor mais meigo e carinhoso que eu pude tirar do meu coração.

Fomos perfeitos um para o outro em um momento em que me senti frágil e desamparada. E serei eternamente grata pelo seu apoio, dedicação e carinho. Serei eternamente grata pelo que vivemos juntos. E mais grata ainda por você ter me tornado forte novamente.

Juro que me esforçei para ser uma moça pacata, familiar, caseira e tranquila – o tipo ideal de mulher para viver ao seu lado. Mas não há como mudar o íntimo da personalidade de um ser humano.

Meu íntimo, chu chu, é aventura, adrenalina, transpiração. É viver o hoje sem saber nada do amanhã, sem planos ou metas. Minha personalidade nada têm de caseira e pacata. Gosto de movimento, ação, de pegar uma mochila e viajar sem destino certo, trabalho certo, dinheiro certo.

E enquanto eu me caracterizava de noiva, todo esse fogo, antes adormecido dentro de mim, voltou a queimar de forma avassaladora. Cada grampo que a cabelereira punha no meu cabelo era um espinho a mais na minha alma. Não consigui suportar a ideia de que tudo está certo, nos trilhos. De que minha vida será previsível como a trama de uma novela mexicana.

Você sempre soube como eu era. Eu sempre soube como eu era. Nós nunca nos enganamos, apenas tentamos mudar uma realidade que não pode ser mudada! Sabe aquela música, “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim...” Pois é.

Pegarei a minha moto guardada no fundo da garagem, subirei em cima dela, e irei para onde ela me levar, de vestido, grinalda e tudo. Não posso te deixar uma explicação lógica para essa fuga, não sou uma mulhar de razões, ou de certezas. A minha unica certeza é de que você sempre será o amor da minha vida.

Espero que um dia você possa me perdoar por esse smoking novinho que vai para o armário, pelo sorriso lindo que eu tirei do seu rosto, pelos planos que eu destruí, pela vida que nós não teremos juntos.

Te amo sempre.

Até algum dia!

Lívia C.B. para a 33ª edição Cartas do Projeto Bloínques.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Even a thousand miles,

                             can't keep us apart, cause my heart is wherever you are!

Para a física ela é o espaço entre dois pontos definidos. Para a gramática, um substantivo concreto, palavra paroxitona. Para o poeta, é a diferença entre o gorjear dos passaros, entre as estrelas do céu e entre os amores da vida.

Mas afinal, o que é a distância?

Convivemos com ela durante toda a vida, e mesmo com tanta convivência, ela sempre nos surpreende em algum momento. Nos deixa frágeis, e até os mais fortes não conseguem conter as lágrimas.

Se essa história fosse um conto de fadas, a distância daria uma bela de uma bruxa malvada. Como aquelas que espirram veneno pelos olhos, transformam tudo em pedra e em sapos asqueirosos.

Porque ser transformado em um sapo pode ser muito ruim, mas não há dor maior do que ficar longe daqueles que amamos. Não há castigo maior que acordar com uma saudade angustiante e não saber o que fazer para curá-la.

E não importa o quanto lutamos contra essa vilã maldosa, ela sempre está lá, a espreita, para nos lembrar que nada é eterno ou imutável. E assim a história continua, entre encontros e desencontros, lutas vencidas e batalhas perdidas.

Até que, bom... se estamos criando um enredo, deve haver um clímax. E nesse clímax, nosso amigo Einstein, vestido do mago Merlin, entra em cena e muda totalmente o destino da bruxa má.

Ele diz: _ Se até o tempo é relativo, meus caros, o que é uma distâcia terrestre em se comparando com o universo?

E dessa forma, a nossa bruxinha é reduzida a nada mais que uma pedra no meio do caminho. E o que fazemos com as pedras no meio do caminho? Nós desviamos.

E quando desviamos da dor da distância, percebemos que nada pode nos separar aquilo que não quer se separar. Os sentimentos unem muito mais que uma convivência diária. Três palavras ao telefone podem significar muito mais que uma semana inteira de diálogos frente a frente. Uma simples mensagem de texto é o suficiente para manter uma amizade acesa e forte.

Assim pipocos, tomemos o controle dos nossos próprios enredos e façamos dessa bruxa má uma simples pedrinha no caminho, ou até menos! Porque se não somos nós os poderosos autores, diretores e protagonistas das nossas vidas, quem mais poderia ser?

Einstein? Acho que não. Já basta eu ter posto ele de Merlin nessa.

Lívia C.B.
para 49ª edição opinativa do Projeto Bloínquês.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Primavera, cores, amores e dó, ré, mi

http://www.flickr.com/photos/enyouart/

Cada momento tem a sua própria cor. Uma risada é cor de laranja. Um abraço carinhoso é azul bebê. Uma palavra de consolo é amarelo clarinho. Uma festa animada, só pode ser vermelho vibrante.

De cor em cor, como o arco íris nos envolve em encantamentos, a vida nos envolve em sonhos e sons. Inventamos, reproduzimos e escutamos melodias, notinhas que possuem sua própria mágica, que dão a textura e sabor ás cores.

E como é bom colorir um amor! Escolher cuidadosamente cada tom, semi-tom, agudo e grave! Como é bom surpreender-se com um verde limão alegre depois de um tristonho cinza, e com um ornamento repentino uma oitava a cima!

Melhor ainda é quando, ao fechar os olhos há uma aquarela inteira pintando o pensamento! Ao invés de um simples dó, ré, mi, a 4ª sinfonia de Beethoven ecoa nos ouvidos. Borboletas voam agitadas por todos os lados, e tem-se a sensação de poder voar como elas, a qualquer momento.

"Primavera! - versos, vinhos...
Nós, primaveras em flor.
E ai! Corações, cavaquinhos
Com quatro cordas de Amor!"
                      Pedro Kilkerry

Lívia C.B. - em um momento sonhador, colorido de Lilás.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Hello pipocos!

Ando meio atarefada com essa rotina doida de universitária :S Mas resolvi passar aqui rapidinho pra agradecer a Luiza Mariana, eternamente fofa, do depernasproalto. Ela mandou esse selinho liindo pro pulodepipoca, e eu adorei!


Bom, vamos as regras do jogo:

Nome: Lívia

10 coisas sobre mim:

1- Adoro salada de fruta, vitamina de banana, ruffles e sorvete!
2-Sou meio avoadinha.
3- Pago micos frequentemente- ontem eu entrei por engano no banheiro masculino e não foi legal!
4- As vezes sou peguiçosa (só as vezes!)
5- Os melhores verbos do mundo: Dançar, dormir, escrever, ler, desenhar, abraçar, uhhm.. e beijar!
6- Gosto de puxar as orelhas dos outros.
7- Adoro nadar a noite, olhando as estrelinhas no céu.
8- Estou no primeiro período de medicina, junto com a Luiza.
9- E a parte que eu mais gosto na faculdade é a lanchonete. Isso porque lá tem salada de fruta, vitamina de banana, ruffles e sorvete!
10- Sou só uma menina que tenta ser feliz nesse mundo doido.

Indicar 10 blogs que eu sigo:

Revelando sentimentos

Minha vida como ela é

Frescurite Diária

Pulo de gato

As melodias de Lina

Pedrinha

Destrambelhadas

Bonjour Circus

Aquiescendo

E agora, Maria?

Beijinhos pipocos, até mais (: